A entrega de produtos e serviços de qualidade deve ser uma meta constante em todas as empresas de TI, independente do seu tamanho, segmento de atuação e nível de maturidade. De fábrica de software ao freelancer, todos precisam ter a satisfação do cliente como um objetivo claro e possível. É nesse momento que o processo de melhoria contínua faz seu trabalho.
O propósito da qualidade em tecnologia nunca foi uma novidade, em diferentes metodologias de desenvolvimento de software a “disciplina” de qualidade de software sempre teve seu espaço reservado, a diferença ficava apenas em que etapa do processo ela era aplicada.
Em comum entre tantos métodos, apenas o desafio de colocar em produção melhores produtos e serviços, para isso o conceito de melhoria contínua se torna essencial para alcançar níveis maiores de maturidade dentro do ciclo de desenvolvimento.
A melhoria contínua faz parte da Transformação Digital
A Transformação Digital trouxe em seu conceito a disrupção de fortes padrões de mercado e muita inovação tecnológica. Aliado a tudo isso, a Computação em Nuvem se consolidou como a infraestrutura necessária para produtos e serviços de tecnologia revolucionários.
E seguindo a essa tendência de mudança passamos a ter consumidores cada vez mais conectados e exigentes com o uso prático da tecnologia.
Esse novo cenário leva as empresas adotarem ao ciclo de desenvolvimento de softwares os processos de melhoria contínua que possam garantir não só a qualidade e maturidade, mas também a inovação.
Os processos de melhoria contínua mais eficazes, otimizam as operações de fabricação ou aceleram o desenvolvimento de software. Eles descrevem o caminho para as melhorias desejadas, não apenas o estado final.
Assim, os processos de melhoria contínua nunca se concentram no estado final, porque a perfeição, no entanto, é definida, mas só pode ser incrementalmente abordada, nunca totalmente alcançada.
Níveis de maturidade: Em que nível sua empresa se encontra?
Um modelo de maturidade descreve marcos no caminho de melhoria para um tipo específico de processo.
No mundo da TI, um dos mais conhecidos é o Capability Maturity Model (CMM), um caminho evolutivo de cinco níveis de processos de desenvolvimento de software cada vez mais organizados e sistematicamente mais maduros.
O CMM se concentra no desenvolvimento de código, mas na era da infraestrutura através da nuvem, processos automatizados ágeis e ciclos rápidos de entrega muita coisa mudou no ciclo de produção, porém, esse modelo nos ajuda a identificar o nível de maturidade que sua empresa de TI se encontra no momento e aonde ela pode chegar.
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Estágio 1: Um ponto de partida regressivo, principalmente manual
O nível mais baixo de maturidade é às vezes chamado de estado inicial ou regressivo porque é altamente ineficiente. As organizações geralmente têm uma mistura de processos manuais.
Nesse estágio, quando a automação é aplicada à entrega de aplicativos, geralmente é ad hoc e isolada, geralmente instituída por um único grupo de trabalho ou desenvolvedor e focada em um problema específico.
No entanto, as organizações que iniciam o caminho de melhoria contínua geralmente padronizam partes do desenvolvimento de software, como ferramentas de compilação de código usando Java, Microsoft Visual Studio ou o Apache Ant e um repositório de código, a exemplo do GitHub.
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Estágio 2: Iniciante com processos gerenciados, ágeis e repetíveis
O primeiro estágio real de maturidade envolve estender padrões de desenvolvimento de software para a implantação. A equipe deve definir alguns processos gerenciados, ágeis e repetitivos que finalizam em algum tipo de produto a ser liberado para produção.
Os desenvolvedores mudam as atividades de criação e implantação. Deixam de ser um caos ad hoc e passam para um sistema gerenciado, disponível para todos os desenvolvedores e para a equipe de operações de TI.
O objetivo nesse estágio do modelo de maturidade é a entrega contínua de produtos, estabelecendo um sistema automatizado de criação e implantação que possa atender tanto às entregas programadas de atualizações ou novos recursos.
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Estágio 3: Intermediário de forma consistente e definida
O próximo nível de maturidade envolve a definição das atividades de todo o processo, do desenvolvimento ágil para produção, juntamente com os locais de armazenamento de código e outros artefatos do sistema, além das ferramentas para automatizá-lo.
O objetivo é aumentar a consistência dos ciclos de entrega, não a velocidade deles, embora o estágio intermediário seja normalmente quando as organizações podem manter as liberações regulares em um cronograma definido. Todo o processo de entrega para produção deve ser automatizado.
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Estágio 4: Automatizado e equilibrado
As implementações avançadas em um processo de melhoria contínua automatizaram quase completamente o ciclo de desenvolvimento, desde o teste de integração, passando por vários estágios de testes até a aceitação.
Outra característica neste nível de maturidade avançada é o uso de medidas quantitativas de desempenho e qualidade de software, juntamente com métricas que rastreiam a integridade e a consistência do processo de melhoria contínua.
Identificando e monitorando os principais indicadores de desempenho ( KPIs ) para obter melhor controle sobre aceitação do produto e critérios que verificam a qualidade dos teste antes e depois da entrega do produto.
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Estágio 5: Especialistas em desenvolvimento otimizam ainda mais todo o processo
O auge da maturidade em um processo de melhoria contínua concentra-se na otimização dos processos usando as ferramentas de métricas e automação implementadas nos estágios anteriores.
As otimizações reduzem o tempo do ciclo de desenvolvimento para as entregas dos produtos, eliminando erros de software e reversões resultantes.
Nesta fase, as equipes de DevOps, especialistas em entrega contínua, adotam algum tipo de estrutura de desenvolvimento, automatizando parte da criação, integração e entrega de código.
Eles também automatizam a implantação da infraestrutura, podendo utilizar contêineres, nuvem ou VMs.
Os modelos de maturidade também se aplicam aos negócios
Ao alcançar níveis de maturidade elevados, as equipes de desenvolvimento e qualidade usam ferramentas para melhorar a robustez do software, detectar condições raras de falha antes que elas afetem os usuários e passam a desenvolver sistemas complexos, a exemplo de soluções de Big Data e Inteligência Artificial.
Mas vale destacar que os processos de melhoria contínua e os modelos de maturidade não ficam apenas restritos ao desenvolvimento de produtos e serviços de software. Eles podem alcançar outros níveis operacionais, como negócios e pós venda.
Fechando assim, todo um ciclo de qualidade na entrega de soluções e alcançando altos níveis de satisfação do cliente e resultados em vendas.
Em que nível de maturidade se encontra sua empresa? Já parou para fazer um comparativo com seus concorrentes? O resultado dessa avaliação pode ajudar no crescimento futuro e na participação da Transformação e Economia Digital que vivemos atualmente.
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