Portobello Shop moderniza infraestrutura na AWS com Dati e adota ambiente 100% serverless com EKS e Fargate

A Portobello, referência no varejo de revestimentos cerâmicos de alto padrão, identificou gargalos em sua infraestrutura na Amazon Web Services (AWS) que comprometiam sua escalabilidade e performance. Para superar esse desafio e alavancar sua estratégia digital, a empresa contou com o apoio da Dati, especialista em soluções cloud e inteligência artificial, na modernização de seu ambiente em nuvem. O projeto teve como foco principal a reestruturação completa da arquitetura do Shop 360, sua plataforma de experiência digital e vendas omnichannel, com o objetivo de escalar com segurança, eficiência e governança a operação online da empresa.

O cliente

A Portobello é líder nacional em revestimentos cerâmicos e uma das protagonistas globais do setor. Com uma atuação pautada pela inovação, excelência em design e compromisso com a sustentabilidade, o grupo estrutura suas operações em quatro frentes estratégicas no Brasil e nos Estados Unidos.

A Portobello Shop representa a maior rede de soluções em revestimentos do país, com 163 unidades distribuídas nacionalmente. A rede integra experiência, consultoria e relacionamento com arquitetos, designers e consumidores. A Portobello América materializa a expansão internacional da marca, com operação de distribuição robusta e a recém-inaugurada fábrica em Baxter, Tennessee – um marco na consolidação da presença nos Estados Unidos. A unidade Portobello opera com foco industrial e comercial, abastecendo os principais canais do varejo e do setor imobiliário, além de exportar para mais de 80 países. Sua planta em Tijucas (SC) é referência em tecnologia, destacando-se na produção de lastras em porcelanato. A Pointer atua com foco em design democrático e sustentabilidade, a partir de sua unidade industrial no estado de Alagoas, com forte presença no Nordeste e em mercados internacionais.

Listada na B3 (PTBL3), a empresa adota práticas avançadas de governança corporativa, com ênfase em ESG, sustentada por um comitê de sustentabilidade integrado à alta liderança. O grupo é signatário do Pacto Global da ONU e orienta sua atuação pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O desafio

A aceleração da transformação digital no varejo tem imposto às plataformas de e-commerce exigências cada vez maiores em termos de maturidade tecnológica, agilidade operacional e inteligência de dados. Inserida nesse cenário, a Portobello Shop, referência nacional no segmento de revestimentos cerâmicos, enfrentou o desafio de modernizar sua infraestrutura em nuvem para sustentar o crescimento e a complexidade operacional do Shop 360 – sua principal plataforma de vendas online.

“A operação da Portobello Shop estava concentrada em uma única conta AWS, sem o isolamento adequado entre os ambientes de produção, homologação e desenvolvimento. Essa configuração comprometia diretamente a governança e a rastreabilidade dos ativos em nuvem, além de aumentar os riscos operacionais ao dificultar a aplicação de políticas de segurança, a definição de limites de serviço e o controle eficiente de custos por projeto”, explica Felipe Oliveira, líder técnico da Dati responsável pela execução do projeto.

Para viabilizar a escalabilidade e a resiliência necessárias ao Shop 360, foi conduzida uma transformação estratégica que foi além da modernização da infraestrutura. A iniciativa também avançou sobre pilares estratégicos como governança, segurança da informação e eficiência operacional – fundamentos essenciais para consolidar a maturidade digital da operação, garantir resiliência sistêmica e alinhar a arquitetura às melhores práticas recomendadas pela AWS.

A solução

A Dati liderou uma reestruturação completa da infraestrutura AWS da Portobello Shop, com foco na modernização da arquitetura do Shop 360. O projeto teve como principal objetivo a migração do cluster Amazon EKS baseado em EC2 para um novo ambiente totalmente compatível com AWS Fargate, permitindo a execução 100% serverless dos pods, eliminando a necessidade de gerenciamento de servidores e otimizando a eficiência operacional da solução. Essa divisão promoveu isolamento de ambientes, controle refinado de políticas de IAM e facilitou a implementação de Service Control Policies (SCPs) para reforço da governança.

Principais componentes: 

  1. Segregação de Contas AWS

A estrutura da nuvem foi reorganizada por meio do AWS Organizations, com a criação de múltiplas contas segmentadas por função específica:

  • Conta de networking;
  • Conta de produção (Shop 360);
  • Conta de front-end/web.

Essa abordagem promoveu isolamento entre ambientes, facilitou a aplicação de políticas de acesso refinadas via IAM, e permitiu a adoção de Service Control Policies (SCPs), elevando os níveis de governança e controle corporativo.

  1. Modernização com AWS Fargate

O cluster Amazon EKS, anteriormente operando com EC2, foi migrado para uma arquitetura baseada em EKS on Fargate, resultando em:

  • Eliminação da sobrecarga com provisionamento e manutenção de servidores;
  • Escalabilidade automática e granular por pod;
  • Redução de falhas associadas à instabilidade de infraestrutura;
  • Aderência às melhores práticas para workloads containerizadas em ambiente serverless.
  1. Adoção de serviços gerenciados AWS

Serviços autogerenciados foram substituídos por soluções nativas e gerenciadas:

  • Amazon SQS, para mensageria assíncrona com alta confiabilidade;
  • Amazon RDS, para bancos de dados relacionais com alta disponibilidade e backups automatizados.

Essa transição gerou ganhos operacionais, redução de esforço de manutenção e diminuição do TCO (Total Cost of Ownership).

  1. Fortalecimento da segurança

A arquitetura passou a contar com camadas adicionais de proteção, incluindo:

  • Firewall em nível de VPC;
  • Regras de segurança otimizadas por meio de Security Groups (SGs) e Network ACLs (NACLs);
  • Implementação de auditoria de acessos e reforço nas boas práticas de gestão de identidade e acesso (IAM).
  1. Distribuição global de conteúdo

Para otimizar a experiência do usuário final, a solução adotou AWS Amplify integrado ao Amazon CloudFront, viabilizando a distribuição global de conteúdo com baixa latência e navegação responsiva em múltiplas regiões.

  1. Observabilidade e monitoramento com Datadog

Foi realizada a integração com o Datadog, plataforma líder em observabilidade, que permite:

  • Monitoramento contínuo de performance;
  • Coleta centralizada de logs e métricas;
  • Ações proativas de correção e otimização com base em insights operacionais.

Como parte da estratégia de modernização, toda a infraestrutura do Shop 360 passou a ser definida como código (IaC), com automação completa via Terraform. Todo o código-fonte é mantido em repositório privado no Bitbucket, com ambientes devidamente segregados e parametrização por meio de arquivos .tfvars, o que garante portabilidade, reprodutibilidade e consistência entre os diferentes estágios do ciclo de vida da infraestrutura.

A Dati foi extremamente transparente em todo o processo. Entregaram tudo documentado em Terraform, o que nos deu autonomia. Ao contrário de outras empresas, não quiseram nos amarrar tecnicamente. A confiança que construímos nos mantém juntos até hoje – Mateus Aguiar, cloud engineer na Portobello Shop.

Benefícios desta abordagem

  • Infraestrutura 100% como código, auditável e versionada;
  • Múltiplos ambientes consistentes, com fácil replicação entre produção, staging e desenvolvimento;
  • Governança reforçada com controle de estado centralizado via Amazon S3;
  • Ciclo de vida previsível, facilitando rollback, destruição e reimplementação segura de ambientes.

Os resultados

Ao final da implementação conduzida pela Dati, os resultados foram claros e mensuráveis. A nova arquitetura resultou em uma operação mais escalável, resiliente e preparada para sustentar o crescimento acelerado da companhia – incluindo sua estratégia de expansão internacional. A adoção de tecnologias cloud-native, serviços gerenciados da AWS e práticas consolidadas de DevOps estabeleceu uma base tecnológica sólida, confiável e eficiente para suportar as operações digitais da empresa. Sobre esse ponto, Mateus Aguiar, cloud engineer na Portobello Shop, conta que “hoje os nossos desenvolvedores focam no negócio. Não precisamos mais nos preocupar com infraestrutura, com escalar servidor, com load balancer… Isso é resolvido de forma nativa com os serviços da AWS que implementamos com a Dati”. 

Entre os destaques técnicos está a migração para uma arquitetura totalmente serverless baseada em containers, viabilizada pelo AWS Fargate. Essa mudança permitiu que a plataforma escalasse automaticamente conforme a demanda, o que eliminou gargalos durante períodos de pico e resultou em um uso mais eficiente dos recursos computacionais. Além disso, a nova estrutura reforçou a confiabilidade da operação, com alta disponibilidade, redução de pontos únicos de falha e tolerância embutida na arquitetura. “Com o CloudFront e a nova arquitetura, temos a estrutura necessária para expandir a operação globalmente, com desempenho e sem limitações técnicas”, afirma Mateus Aguiar.

A visibilidade operacional foi aprimorada com a integração ao Datadog, o que viabilizou monitoramento permanente, dashboards de desempenho, rastreamento distribuído e alertas inteligentes. Esses recursos ampliaram significativamente a capacidade de detecção proativa de incidentes e resposta ágil, o que elevou o nível de controle sobre os ambientes produtivos. Em paralelo, a distribuição global de conteúdo passou a ser realizada com baixa latência por meio do Amazon CloudFront e do AWS Amplify, o que garantiu uma experiência fluida e consistente para usuários em diferentes regiões, sem a necessidade de ajustes estruturais na aplicação.

Outro resultado expressivo da modernização foi a redução significativa dos custos operacionais, alcançada com a substituição de instâncias EC2 por Fargate, a adoção de serviços gerenciados como Amazon RDS e SQS, e a aplicação de práticas eficientes de provisionamento sob demanda. Por fim, a segurança da operação foi reforçada com a incorporação de validações automatizadas de conformidade diretamente nos pipelines de deploy via Terraform – uma prática que assegura governança e reduz riscos ao longo de todo o ciclo de vida da aplicação.

Principais pontos técnicos da nova arquitetura:

  • Ambiente 100% serverless para workloads containerizadas;
  • Melhoria na disponibilidade e resiliência dos serviços;
  • Automação de deployments e rastreabilidade via Terraform;
  • Redução da carga operacional sobre a equipe de infraestrutura;
  • Base para escalar com segurança e previsibilidade.