Quando o Dr, Werner Vogels, vice-presidente e CTO da Amazon.com, sobe ao palco para o último keynote do AWS re:Invent 2025, ele não está apenas apresentando novidades da Amazon Web Services (AWS). Ele está, de certa forma, encerrando um ciclo de mais de uma década em que a nuvem deixou de ser infraestrutura para se tornar o tecido básico da economia digital.
Desta vez, o foco não foi “qual é o novo serviço”, mas quem precisamos ser como builders, líderes e organizações em um mundo onde IA já escreve código, toma decisões e opera sistemas em nosso lugar.
Mais do que um keynote técnico, foi um manifesto.
De “qual modelo usar?” para “quem estamos nos tornando?”
Nos últimos anos, o mercado correu atrás da pergunta: “Qual modelo de IA é melhor?”. A resposta que veio do re:Invent 2025 – e do próprio Werner – é sutil, mas contundente: essa já não é a pergunta principal. A questão passa a ser: “Que tipo de pessoa, time e empresa queremos ser em um mundo em que agentes de IA realmente trabalham ao nosso lado?”.
Esse deslocamento muda tudo: em vez de enxergar IA como um “recurso adicional”, passamos a vê-la como uma parceira de raciocínio em processos críticos. E, em vez de olhar para a tecnologia com ansiedade (“isso vai me substituir?”), o convite é para olhar com ambição: “o que eu consigo construir agora que antes era impossível?”.
Werner chamou esse novo perfil de “Renaissance Developer”. Alguém que combina curiosidade, senso crítico, visão de sistemas, capacidade de experimentar e, principalmente, responsabilidade sobre o que coloca em produção.
Na Dati, nós enxergamos que isso não vale só para desenvolvedores. Vale para empresas inteiras.
A “Empresa Renascença”: mais do que cloud, um jeito de pensar
Se existe um “Renaissance Developer”, existe também a “Empresa Renascença”: aquela que não olha para a nuvem e para a IA apenas como tecnologia, mas como uma plataforma de reinvenção permanente. Esse tipo de empresa não se contenta com dashboards; quer decisões melhores. Não está apenas interessada em ver o que aconteceu, e sim em orquestrar agentes que aprendem com dados e antecipam movimentos de mercado, de operação e de clientes. Também não se satisfaz com automação tática; quer reescrever a lógica dos processos.
Em vez de simplesmente “automatizar tarefas manuais”, passa a redesenhar fluxos inteiros em atendimento, logística, financeiro e desenvolvimento, com agentes assumindo uma parte relevante da operação. Por fim, não se limita a pilotos isolados; quer repetir o acerto em escala, avançando de POCs sem continuidade para uma estratégia clara em que a adoção de IA se torna uma capability central da organização.
É aqui que o recado aspiracional do keynote casa com a agenda da Dati: não basta ter tecnologia; é preciso ter uma visão de empresa que se permita evoluir junto com ela.
Raciocínio aplicado aos processos que importam
Werner reforçou um ponto importante: a IA que realmente faz diferença não é a que “sabe falar sobre tudo”, mas a que entende profundamente o seu contexto – sua cultura, seus dados, suas regras, seus clientes. Quando a AWS fala em agentes mais autônomos, em plataformas para construir modelos mais alinhados ao seu negócio e em infraestrutura pronta para essa nova escala, a mensagem é clara: a vantagem competitiva não estará simplesmente em “ter IA”, mas em aplicar raciocínio avançado aos processos que sustentam o seu resultado.
De grosso modo, isso significa, por exemplo, que um varejista consegue otimizar estoques, preços, campanhas e experiência digital com agentes que compreendem comportamento de compra, margem e operação logística; que, em uma indústria, é possível reconectar chão de fábrica, cadeia de suprimentos e demanda com IA lendo sinais que hoje se perdem em planilhas e sistemas desconectados; e que, em empresas de serviços, a relação com o cliente pode ser transformada de um atendimento reativo para jornadas guiadas, proativas e personalizadas por contexto.
Em síntese, a discussão vai muito além de adicionar um simples chat de IA ao site: trata-se de colocar inteligência na espinha dorsal dos processos que realmente movem o ponteiro da receita, da margem e da experiência.
Responsabilidade como nova fronteira de sofisticação
Em meio a todo o entusiasmo com agentes autônomos, Werner Vogels trouxe um contraponto essencial: a responsabilidade passa a ser a nova fronteira de sofisticação. Ele introduz o conceito de verification debt (ou “dívida de verificação”), que é a dívida que se acumula quando aceitamos código, decisões e recomendações de IA sem o rigor de verificação necessário.
O recado para quem lidera a tecnologia é direto: IA não elimina a necessidade de engenharia, pelo contrário, eleva o nível. Copilots não substituem uma cultura de qualidade; exigem times ainda mais críticos, preparados e capazes de questionar. A verdadeira sofisticação não está apenas em ter o melhor modelo, mas em estabelecer critérios claros para aceitar ou rejeitar o que a IA gera, desenhar processos e ferramentas para testar, monitorar, auditar e corrigir de forma sistemática, e desenvolver uma liderança que entenda que velocidade sem verificação é risco disfarçado de inovação.
A posição da Dati na condução dessa transformação
Diante de tudo o que foi anunciado e, principalmente, de tudo o que foi defendido no palco, a Dati assume um posicionamento claro: ser o parceiro que transforma o potencial dessa nova era da AWS em evolução de pessoas, processos e produtos, e não apenas em novos serviços rodando na nuvem. Isso se traduz em algumas frentes de atuação. A primeira é traduzir tecnologia em estratégia, ajudando líderes de tecnologia e de negócio a responder três perguntas essenciais:
- Em quais processos faz mais sentido aplicar agentes e IA primeiro?
- O que precisa ser organizado em termos de dados, sistemas e cultura para que esses projetos funcionem?
- como medir valor de forma objetiva, conectando tempo, custo, experiência e risco?
A segunda frente é conectar nuvem, dados e GenAI em uma jornada coerente. A Dati não trata IA como uma área isolada ou como um laboratório desconectado do restante da empresa; insere esses projetos dentro de uma visão integrada que considera modernização de aplicações, governança e custos na nuvem, estratégia de dados e o desenho de experiências digitais mais inteligentes, que levem para o usuário final o benefício real dessa arquitetura.
A terceira frente é apoiar a transformação do time, não apenas do ambiente tecnológico. O keynote de Werner, no fundo, é um chamado para as pessoas: curiosidade, disposição para aprender, vontade de experimentar. A Dati traz essa mentalidade para os projetos, envolvendo os times do cliente, compartilhando práticas, co-construindo soluções. A intenção não é entregar uma “caixa fechada de IA”, mas elevar o nível de maturidade da organização como um todo.
Um convite pensado para empresas que querem conduzir a transformação
Se a primeira fase da nuvem foi sobre “migrar para AWS” e a primeira fase da IA generativa foi sobre “fazer algum piloto”, a próxima fase é bem mais ambiciosa. Reescrever como o trabalho acontece, reinventar a forma como as decisões são tomadas e redefinir o papel das pessoas na relação com a tecnologia. O último keynote de Werner Vogels marca precisamente esse ponto de virada. A AWS coloca sobre a mesa uma plataforma cada vez mais preparada para agentes, modelos, dados e escala global; a pergunta que fica para cada liderança é: estamos prontos para ser a organização que sabe o que fazer com isso?
Na Dati, escolhemos ocupar um lugar muito claro: o de parceiro estratégico de quem decidiu ir além da abordagem superficial sobre inteligência artificial e transformar, de forma consistente, a própria lógica do negócio. Nosso foco é apoiar a sua empresa na identificação dos processos mais críticos do negócio, no desenvolvimento de novas capacidades do seu time e no desenho de jornadas de transformação alinhadas aos objetivos de cada projeto.
Mais do que experimentar novas ferramentas, tratamos a IA e a nuvem como pilares da transformação da sua operação. A Dati está pronta para construir, em conjunto com você, o próximo capítulo da sua estratégia digital, com tecnologia, método e visão de futuro voltados à performance e à inovação.


