A AWS acaba de dar um passo importante no mercado de modelos de fronteira com o lançamento do Amazon Nova Forge, anunciado no keynote do CEO da AWS, Matt Garman, no AWS re:Invent 2025. O serviço permite construir modelos próprios de IA a partir da família Nova, sem precisar treinar tudo do zero e preservando as capacidades fundamentais do modelo base.
Em vez de apenas “ajustar” modelos prontos com prompt engineering, RAG ou fine-tuning tradicional, o Nova Forge permite criar modelos proprietários de classe frontier, os chamados “Novellas”: combinações entre dados corporativos e a inteligência dos modelos Nova. O ponto-chave está no acesso a checkpoints em diferentes estágios de treinamento (pré, meio e pós-treinamento) e na possibilidade de misturar dados proprietários com datasets curados pela Amazon, reduzindo o risco de catastrophic forgetting e preservando instrução, raciocínio e segurança do modelo.
Na prática, as empresas podem:
- Iniciar a partir de Nova 2 Lite, Pro ou Omni, de acordo com a complexidade do caso de uso;
- Treinar em “gyms” de reinforcement learning que simulam seus ambientes reais, inclusive fluxos complexos e agentes;
- Gerar versões destiladas, menores e mais eficientes para produção;
- Configurar guardrails com o toolkit de Responsible AI embarcado no serviço.
Tudo isso integrado ao ecossistema AWS: o treinamento roda em SageMaker AI e os modelos resultantes podem ser publicados como modelos privados no Amazon Bedrock, com a mesma camada de segurança, APIs e integrações de qualquer outro foundation model da plataforma. É uma ponte clara entre “usar modelos prontos” e “ter seu próprio frontier model como ativo estratégico de negócio”.
Do ponto de vista de estratégia de IA, o recado é direto: quem tem dados proprietários relevantes não precisa mais escolher entre depender apenas de modelos de prateleira ou investir em um projeto de treinamento do zero, de altíssimo custo. Com o Nova Forge, o modelo passa a refletir o contexto da empresa sem deixar de ser um modelo de fronteira.
Para organizações que estão levando GenAI a sério, isso muda o patamar da conversa sobre personalização, governança e diferenciação competitiva.
Se você está avaliando como essa nova geração de modelos Nova e o Nova Forge podem encaixar na sua estratégia de IA corporativa, vale começar a discussão agora, enquanto o mercado ainda está desenhando os primeiros “Novellas” vencedores.


